terça-feira, julho 30

Ave Chuck!!!
Sejas bem-vindo ao Estado Anômico de Direito... ;-)
A vida vai fluindo paulatinamente...

...enquanto os ditos humanos buscam o conhecer-se. Dessa forma, fui ao encontro do fluir vital na serra de Guaramiranga, meio que fugido do Fortal e meio que em busca do sei-la-o-quê. Não obstante os encontros virtuais com o meu Jung Predileto e também com o amigo e Lúdico Alvinegro, lancei-me ao encontro da natureza, sem antes olvidar à visita do Mais charmoso site-em-blog. Sometimes, nem tudo é imperfeito.



Além disso, há pouca coisa, dentre elas, a belíssima apreensão de fragmentos da vida (acerca da foto acima), resgatada na Poesia de soares Feitosa...que me acalma à alma.

Sim, é verdade que a concretude da existência está materializada nas dez letras de nosso vernáculo. É ela, um bem abastrato.



Retorno abençoado, pois chove intensamente em Fortaleza. Nada mais intenso do que a chuva. O cinza do dia funde ao mesmo tempo o mar e as nuvens, num amálgama muito bonito de se ver. Podem confiar em mim...não há um grande amor sem a triste lembrança de um dia chuvoso...mesmos nos corações mais áridos, nas terras mais inférteis, há de chover. Aos Tuareg, nem que chova em seus sonhos.


É estranho buscar-se a natureza quando se é completamente dependente da famígera tecnologia. Os bons Deuses me apagaram o celular e a bateria do carro, além de me forçar a presenciar, desesperado, os últimos suspiros da bateria do Palm. Nada restou, além do ruidoso emudecer da noite. É o melhor castigo aos pretensos morderninhos. Neo-estúpidos dependentes do lítio e dos chips. Eu me confesso...


Apesar de tudo isso, ou melhor, por tudo isso, emergi em elucubrações inúmeras, alheio ao mundo que se acaba na parede ao lado, aos amores perdidos, aos gols marcados, à existência abstrata, enfim. Fui salvo pela dileta companhia, pelas inúmeras garrafas de cerveja e pelo direito inalienável de acreditar que há mais sossego em Across The Universe - que me traduz tão fidedignamente - do que no pérfido encontro com os nossos primórdios.


Foto Acima, by National Geographic.

sexta-feira, julho 26

Quase morrendo à míngua no Saara-Fortal, eis que surge no horizonte a imagem oblíqua de um oásis...Rubber Soul, hoje no Empire?
Não...desatino musical em forma de miragem...Vou-me às montanhas então.
Quase Um Segundo. A melhor do Paralamas...?

quinta-feira, julho 25

Tive o prazer de desfrutar de dileta companhia na noite de ontem.
Conversei bastante com o Chuck, além de apreciar algumas garrafas de Smirnoff Ice. De bom, só guardo a companhia do colega boêmio, pois me adveio uma sonora dor-de-cabeça até o momento sem cura.
É a tal tempestade depois da bonança...
I really need a shrink!
Leio no UOL a notícia dando conta de que nós quebramos - de novo - nossa economia (quebraram-na?).
O lastro do Tio Sam rompeu a barreira do trio de reais e o chamado índice Risco Brasil alcançou o terceiro lugar dos países mais inóspitos para investimentos do universo (só perdemos para Argentina e Nigéria).
É duro aceitar a realidade, mas estamos quebrados, se analisarmos friamente os fatos (os índices pelo menos).
Interessantemente mórbido, é o contraste entre a época de Fortal em solo alencarino, onde vê-se uma plêiade maravilhada, a despeito do que os tais índices informam.
A "novidade" cruel, a espantar tantos jornalistas, não me causa espanto, pois foi precedida de estrondosa "crônica de uma quebra anunciada". Apesar das alvíssaras e ufanismo exacerbados por boa parte da imprensa e plantonistas tupiniquins, não se observava respaldo na realidade caótica em que nos lançamos nos últimos anos. Quase ninguém escutou Caetano e Gil no redescobrimento Tropical em "Haiti".
É uma pena, será que ninguém entende que somos simpáticos e jogamos um ótimo futebol? Afinal, não há de nos salvar o circo?

terça-feira, julho 23

Google! DayPop! This is my blogchalk: Portuguese, Brazil, Fortaleza, Ceará, Emerson, Male, 26-30!


Tenho acompanhado meio incrédulo as turbulências do mercado dito globalizado. Parece um roteiro de filme-catástrofe de segunda, mas a cada dia, vêem-se minguando as reservas brasileiras e o temor de que a crise venha a agravar-se ganha coro em inúmeros setores econômicos.

Eu nunca gostei muito de economia, na verdade sempre odiei o dito economês, mas é dificil entender essa lógica tacanha que inverte as leis comezinhas de economia (as quais supunha entender) lançando uma economia grande como a brasileira aos solavancos rotineiros do humor mercadológico.

Pasmem-se quem quiser! Mas a verdade é que a suspeita de maquilagem nos lucros de empresas internacionais fechou a bodega do seu João! Que venha o verborrágico economista de plantão inundar-me de explicações sofismáticas, a saciar-me o desejo de ter explicada o porquê da cevada ter aumentado descomunalmente no mercado internacional após a esposa de um político canadense ter doado centavos de dólares à campanha do Sultão das Bromélias. Será esse o real motivo da pipoca do seu Joaquim não mais ser ofertada nas portas dos colégios do Centro de Fortaleza?

É mesmo o caos ou factóide político? Anomia ou anemia nas mentes débeis de nós todos? Sei não, mas esse atual limbo econômico onde poucos parecem saber de fato o que há de vir, já adveio de forma cruel aos argentinos. Seremos os próximos ou o mercado há de nos entender simpáticos em função do nosso belo futebol?

Tenho pensado muito nos últimos dias na obra de Sebastião Salgado, o P&B mais belo do mundo, principalmente na parte dedicada pelo fotógrafo tupiniquim ao continente Africano.Uma verdadeira ode alvinegra contra a omissão. Fica difícil, quase impossível, não traçar um paralelo entre a África despedaçada, esquecida por boa parte do mundo globalizado, da ameaça renitente que advém dos humores diários que sacodem e empobrecem o belo Brasil. Para onde ir, afinal? Aceitamos sugestões :-)

Eu, ultimamente, tenho preferido abrigar-me, de olhos bem fechadinhos, entre uma sessão Jung-Freudiana e outra, nos blogs e devaneios dos amigos, em vez de divagar demais sobre os rumos econômicos do Brasil. De qualquer forma, em homenagem ao grande amigo Léo Ramos, manifesto meu desejo de que a Justiça há de nos poupar do pior. Da lama ao Caos, do Caos à ordem. Ita Speratur!?

Post Scriptum: Uma cerveja antes do almoço, é muito bom pra ficar pensando...
Foto acima by Salgado, Sebastião

segunda-feira, julho 22

La joie de vivre IV:

O teu buscar no escuro, da luz, a esperança, me corrói os sentidos.
Tua face, à luz lunar, dos olhos saltam faíscas.
A chuva insistente que debate-se ao vidro embaciado da noite.
O mar, não tão distante, mas tão distante dos corpos cansados.
Teu rosto no escuro, nada tão inesquecível, perdido nos idos do andar do tempo.
Eu venero-te, ao clarão dos lampejos e da lua, tão esquecida nesses dez anos.
Teu rosto, teu corpo, tua boca...tão perto no distante emaranhado do labirinto da minha mente...

sábado, julho 20

La joie de vivre III:

Buscar-te no doce sabor da lembrança, sozinho, notívago.
Lembrar-te os momentos sinceros em que o mundo restava inerte, mero espectador.
Saber-te a pérfida roda-viva que admoesta os sentidos trôpegos.
Buscar-lhe sempre à solidão rotineira, amalgamando-te o corpo.
Sentir-te toda, partilhando-te a alma corroída dos sentidos.
Buscar-te no doce sabor da lembrança, sozinho, notívago...
La Joie de vivre II :

Há coisa mais bela do que o olhar torpente da mulher apaixonada? A cumplicidade da paixão, mesmo que por poucos segundos, o destemor do futuro...

A força de um toque, uno olhar.
Não há nada mais ímpar do que o sentir-se uno, indivisível, mesmo que acompanhado.
A arrebatadora força do olhar da pessoa amada que se distanciou, quando do reencontro, numa onda que ressurge como a fênix.
Os mesmos olhos que tanto amaram e espelharam d'alma ao fundo.Do amor infinito enquanto amor.
Daqueles olhos que me viram amando.
Há coisa mais bela? Eu me confesso...

sexta-feira, julho 19

Da série: As saídas de minha vida

No mesmo diapasão das listas de High Fidelity, grande romance desaguado em Filme (com ótima atuação de John Cusack) criemos uma lista dos Top 10 Saídas Noturnas de Fortaleza (atuais e passados).

Eu inicio com o número 1:

Piano Bar do Hotel Praia Centro (por causa da música, da bebida e das mulheres que me acompanharam....da série, reminiscências de minha juventude).

Apelo aos três leitores do site que me ajudem a concluir essa lista. :-)

quinta-feira, julho 18

Post Scriptum do P.S.:

Putz Paulinho, diz alguma coisa pô!!!... ;-)
Sétima arte, novamente...

...para falar sobre alguns cult movies que me comovem até hoje.

Inicialmente, lembro de "O peso de um passado (Running on Empty)", do grande diretor Sidney Lumet. O filme é um ilustre desconhecido, mas se trata de uma pequena obra-prima em matéria de cinema comercial. No elenco, o jovem River Phoenix (que veio a ter um fim trágico tempos depois) é filho de um casal de comunistas norte-americanos que vive em fuga no solo americano após um atentado que matou o vigia de uma fábrica.De per si, o roteiro já é raro de se ver. Além disso, no rol das cenas antológicas, a atriz que interpreta a mãe de Phoenix (Christti Lahti), se reencontra com seus familiares, num desempenho ímpar.

O mesmo Lumet (em minha opinião um dos melhores diretores em solo norte-americano), também foi responsável por "Um Dia de Cão" "Sérpico", "O Veredito" e outros grandes filmes.

Outro Cult inesquecível, é "O Selvagem da Motocicleta (Rumble Fish)" do Coppola, uma obra célebre que traz Mickey Rourke (numa aparente promissora carreira) e outros jovens atores. O filme, em P&B, somente tem uma cena colorida: peixes-de-briga num aquário, extamentente os Rumble fish do título. Imperdível.

O magnífico Welles nos trouxe "A Marca da Maldade (Touch of Evil)" uma pérola do gênero Noir. Esse filme rodado em P&B possui cena inicial espetacular: um longo travelling permeado por suspense que em nada deve ao melhor de Hitchcock. Ademais, uma das cenas traz um ofegante Orson Welles saindo de um carro de polícia, numa atuação também brilhante.

A cinemateca mundial possui outos inúmeros exemplares, mas os três citados são bons exemplos de filmes Cult.
Nada melhor (na maioria das vezes) do que locupletar-se da razão respaldado por um bom filme a nos inocular um suave torpor de fantasia... ;-)

segunda-feira, julho 15

La joie de vivre:

Bobo romântico e réu-confesso que sou, além de um frustrado poetaço, insisto em uma idéia renitente, acerca do que move a humanidade em seus destinos e conquistas. Uma construção capenga que me permiti fazer, dando conta de que a tal "superestrutura" de Marx, antes de moldar a "infraestrutura" social do Estado, tinha como supedâneo a satisfação da libido. Capenga, haja vista que me foge absoluta competência para discorrer sobre sociologia ou mesmo aprofundar-me nos mistérios da obra Freudiana. Mesmo assim, insisto nesse devaneio Freud-Marxista a me satisfazer as dúvidas dos motivos que levam à buscarem a humanidade algum desiderato.
Por isso, vislumbro ímpar magnitude à paixão, aos deslumbres e à insensatez que permea o amor. Amor é, por si, pura anomia!
Ontem me lancei em algumas aventuras cinematográficas pelo frame-a-cabo.
Posto isto, apesar da minha hermética atitude de náo abir concessão ao Tim Sam no que tange à Sétima Arte, ontem lembrei-me de algumas exceções feitas. Assistindo novamente ao filme "O Náufrago", de Bob Zemicks, o mesmo diretor de "Back to The Future", retive à retina uma cena que julgo de grande lirismo, onde as personagens de Tom Hanks e Helen Hunter se reencontram numa simbiose metafórica de chuva e lágrimas. Uma pintura em celulóide, onde a analogia à Nona de Ludwig é realizada num átimo. A cena é pautada pela mesma força pulsante que ameaça desaguar numa explosão colossal a qualquer momento. No filme, os deuses banham o casal com as águas-de-março que vertem dos céus e da retina despedaçada das personagens tão bem interpretadas. Em que pese o desempenho dos atores, o roteiro responde pela magia das cores e pelo amálgama de sentimentos que irrompem das imagens direito à retina e mente do espectador. Arrasadora, a cena tem seu ápice na explosão que se insurge contra o desejo e norte da libido. A vida tem dessas coisas, enfim. Totem e tabu.
Outra cena de um filme não menos hollywoodiano, no mesmo diapasão que mistura gotas de lágrima, na bela construção que detona os corações bobamente românticos como o meu, com a expressividade torrencial das chuvas, é produto de "Nascido em Quatro de Julho", de Oliver Stone.
Numa cena que julgo de bela feitura, o personagem corre em busca do seu amor-imperfeito, sua última esperança de salvação. Enfrenta não só a natureza cruel que lhe encharca o raciocínio, como também o próprio medo de ser rejeitado. A cena dita não somente reproduz o medo do personagem, mas além disso, retrata o sinal dos nossos tempos, onde nos deparamos amiúde com a luta contra nossa natureza. Quase sempre a mulher que repousa em nossos amore platônicos está a poucos passos, mas a dorida realidade nos ensina que temos que atravessar toda uma tempestade até chegarmos ao destino desejado. O final irrompe de forma emblemática porque o personagem encontra o seu destino, enfim. Sem fim...
O tempo é o senhor da razão. In casu, ele - o tempo - me usurpa a liberdade de continuar nesse devaneio da sétima arte.

Por fim, cito uma frase de Oscar Wilde em uma de suas famígeras cartas advindas da época de cárcere:" La joie de vivre foi-se e ela, ao lado da força de vontade, é o fundamento da arte."

C'est la vie.

domingo, julho 14

Sunday Afternoon.

Dia do chamado clássico: Vovô x Ferrim. Dia de futebol, baluarte das grandes massas. Iconoclastas, uni-vos! O pão, que já anda escasso, aguarda o demolir-se lento do claudicante circo. Igrejas, seitas, partidos, comércio...enfim, todos querem o teu fim.
Que venha o baseball e o Ultimate Lixo, já que nem o football foi verdadeiramente nosso. Vozão x Ferrim: Dia de show, onde os corners hão de ser batidos, os Goals marcados, os Keepers altivos, os penalties...roubados!
C'est la vie!
Domingo de futebol. Amálgama de paixões. Dia de dores no campo e ardores nos coraões dos energúmenos torcedores que rodeiam a arena de combate.
Dia em que a mesma catarse que me invade nas salas de projeção mofadas pelo mundo, há de inocular-me a mente, num desiderato insensato, num desatino sem fim. Herança genética advinda dos meus antepassados.
Criador, obrigado. Obrigado...

sábado, julho 13

Sunny Saturday.
Dia de embalar-me em busca do mais distante por-do-sol.
Vou ao Pecem, munido de Beatles, embora despido de um teclado que me possibilite a ortografia correta.
Hoje em dia, configuracao e upgrades sao tudo. Herrar eh umano, mas nao ter tudo atualizado e configurado....imperdoavel.
Mesmo assim, destilo minha insensatez as gelidas paredes da internet, as quais detem muito do calor perdido pelo mundo.
De concreto, alem dos irmaos de Sampa, de Campos cantados por Caetano, soh mesmo meu CD de Beatles.
Alias, falar nos FabFour, me taquei ateh Hamburgo em busca de uma foto do lugar em que eles tocaram em sua gloriosa epoca no KaiseKeller e Star Club. Consegui-a. Encontrei tb muito mais coisa em Hamburgo.
Ainda bem que meu desastino musical nao foi ouvido pelos deuses. Ofereci 10 anos de minha vida em troca de voltar no tempo 42 anos, de volta aos idos de 1960 e alcançar os garotos de Liverpool em seu debut Germanico, com Astrid Kitschneeer, Klaus Woorman e Cia. Ninguem me deu ouvidos. Ainda bem. Ainda bem?!
Bem, de concreto mesmo nesse sabado de sol, somente Because tocando trescloucadamente em minha vitrola no rumo de Pecem. Alem disso, pouca coisa...
Falar em Because, dia desses no carro, um amigo perguntou que musica era aquela.Foi uma porrada na minha esperan;a de um mundo melhor. Esperanca ? Sim, because the world is blue it makes me cry...
Vou em busca do por-do-sol com Beatles, fazendo de conta que alem disso, pouca coisa...
Let The SunKing Comes. Here Comes The Sun...

quinta-feira, julho 11

Há, suponho, mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vã desesperança.
Mesmo após, ao acordar meio eyes wide shut, deparar-se com a massacrante e dorida realidade.
Ao lúdico e idílico buscar do novo nos lançaremos? Ou findaremos por nos subverter ao mundo de G.Orwell?
anomia 1. [Do gr. anomía (v. a-3, -nom(o)- e -ia1); fr. anomie.] S. f. 1. Ausência de leis, de normas ou de regras de organização. 2. Sociol. Situação em que há divergência ou conflito entre normas sociais, tornando-se difícil para o indivíduo respeitá-las igualmente. [Em situações extremas, essa contradição ou dificuldade pode equivaler, na prática, a ausência de normas.]

Porque escrevo

Cada um tem a sua terapia. Há os que correm, pintam, cantam... Minha maior terapia é escrever. Posso ser o que sou, o que nu...